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Condenado por estuprar a filha e acusado de matar esposa, ex-senador tem prisão domiciliar decretada

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Foto: Reprodução | 

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O ex-senador Telmário Mota, condenado a oito anos de prisão pelo estupro da filha, que era adolescente na época do crime, recebeu autorização para cumprir prisão domiciliar na última quinta-feira (17). A decisão determina que ele permaneça em casa com monitoração por tornozeleira eletrônica durante 60 dias. O desembargador Ricardo Oliveira, da Vara de Execução Penal, justificou a medida com base em problemas de saúde enfrentados pelo ex-parlamentar.

“Defiro o pedido de liminar, concedendo prisão domiciliar ao paciente Telmário Mota de Oliveira, pelo período de 60 dias, com a imposição da medida cautelar de monitoração eletrônica e a advertência de que ele somente poderá se ausentar de sua residência para atendimento médico ou mediante autorização judicial, em outras situações”, declarou o magistrado em sua decisão.

Entenda o caso

Além do crime de estupro, Telmário é acusado de ser o mandante do assassinato de sua ex-esposa, Antônia Araújo de Sousa. Antônia era testemunha no processo que investigava o abuso sexual contra a filha do casal. Ela foi morta com um tiro na cabeça três dias antes de prestar depoimento no julgamento.

Telmário foi condenado pelo estupro da filha e sentenciado a mais de oito anos de prisão. Ele ainda é investigado pela morte de Antônia.

Quem é Telmário Mota?

O ex-senador Telmário Mota está envolvido nas investigações sobre o homicídio de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, mãe de sua filha. Filiado ao Solidariedade, Mota deixou o Senado há dez meses. No ano passado, tentou a reeleição, mas não obteve sucesso.

Ele ocupou uma cadeira no Senado entre 2015 e 2022. Nas eleições passadas, recebeu 19 mil votos, ficando em terceiro lugar na disputa em Roraima, atrás de Hiran Golçalves (PP) e Romero Jucá (MDB).

A investigação foi instaurada para apurar os responsáveis pela morte de Antônia Araújo, que apoiava a denúncia feita pela filha adolescente contra Telmário. A jovem relatou que ele tentou tirar suas roupas durante um passeio no Dia dos Pais. Após as acusações virem à tona, ele negou qualquer envolvimento, alegando ser alvo de perseguição política. O Estadão entrou em contato com Telmário Mota nesta segunda-feira (30/10), mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.

Antônia foi assassinada com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro, no bairro Senador Hélio Campos, em Boa Vista (RR), por dois homens em uma moto. Ela foi abordada ao sair de casa para trabalhar. Um dos assassinos perguntou seu nome e, ao confirmar sua identidade, efetuou o disparo.

Duas pessoas próximas ao ex-senador levantaram suspeitas sobre seu possível envolvimento no crime. Uma assessora de Telmário foi flagrada entregando a moto usada no assassinato um dia antes do ocorrido. Os investigadores também descobriram que o veículo havia sido adquirido pelo sobrinho do político.

Telmário Mota, de 65 anos, é economista formado pela Universidade Católica de Salvador. Atuou como assessor técnico da Corregedoria-Geral do Tribunal de Contas do Estado de Roraima (TCE-RR).

Sua trajetória política começou nos movimentos sociais, em 1990. Eleito pela primeira vez como vereador suplente em Boa Vista em 2005, tornou-se o terceiro vereador mais votado da capital em 2008.

Nas eleições de 2010, obteve 54 mil votos, mas não conseguiu uma vaga no Senado. Já em 2014, foi o candidato mais votado da história de Roraima, com 96.888 votos, conquistando uma cadeira em Brasília.

Antes de ingressar no Solidariedade, Telmário esteve filiado ao PSDC (1996-2005), PDT (2005-2017), PTB (2017-2019) e PROS (2019-2023). Durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, inicialmente apoiou a petista enquanto estava no PDT, mas posteriormente mudou de posição e votou a favor do afastamento.

“Estou ao lado do presidente Jair Bolsonaro em todos os projetos e ações que visem desenvolver Roraima e o Brasil. Votei com o governo em todas as suas propostas, mas, como senador da República, tenho o dever de cobrar e fiscalizar seus atos. Isso significa um trabalho independente e harmônico entre os Poderes”, declarou. Com informações: Correio Braziliense

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Via: Portal Spy

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