Os médicos da rede municipal de Petrolina, no Sertão do São Francisco, iniciaram uma paralisação nesta terça-feira (12), que seguirá até quarta-feira (13). Segundo a Prefeitura, os atendimentos continuam normalmente, e um ofício foi enviado ao Sindicato dos Médicos (Simepe) em resposta às demandas apresentadas.
A categoria, que já está mobilizada desde novembro do ano passado, reiterou a necessidade de progresso nas negociações. As reivindicações incluem melhores condições de trabalho, investimentos na rede de saúde, reajuste salarial e a criação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV).
A decisão pela paralisação foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária realizada pelo sindicato na semana anterior, com 80% dos médicos das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de Especialidades aderindo ao movimento.
Conforme o sindicato, a paralisação de 48 horas é um ato de advertência, resultado da "falta de avanços nas negociações e da ausência de respostas da Gestão Municipal". Durante esse período, os atendimentos ambulatoriais e nas unidades de saúde da família estarão suspensos.
O Simepe informou que apenas os atendimentos emergenciais serão mantidos. A categoria também busca o apoio de outros setores do poder público para fortalecer suas reivindicações e "pressionar a administração por respostas concretas".
A vice-presidente do Simepe, Carol Tabosa, expressou a insatisfação dos médicos:
“A categoria está indignada com a falta de respostas. É essencial valorizar esses profissionais que têm se dedicado ao serviço municipal de saúde, mesmo em meio a adversidades e condições inadequadas de trabalho”, declarou.
Resposta da Prefeitura de Petrolina: Em nota, a Secretaria de Saúde de Petrolina informou que respondeu via ofício às demandas do Simepe e permanece aberta ao diálogo com a classe. A Prefeitura também afirmou que, até o momento, os atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde seguem normalmente.