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O vice-presidente do PT, deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ), manifesta uma postura reservada em relação ao envolvimento do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE), Domingos Brazão, que foi preso pela Polícia Federal sob suspeita de estar ligado ao assassinato da vereadora Marielle Franco, conforme indicam as investigações.
"Não posso afirmar sua inocência ou culpa neste momento. Ainda não vi evidências definitivas. Conheço o Domingos há duas décadas. Seria uma surpresa terrível se estivesse envolvido, é algo chocante", declarou o parlamentar à Coluna do Estadão. "Acredito que não é a hora de declarar ninguém inocente até que tenhamos total clareza sobre todas as circunstâncias."
Anteriormente, quando Brazão foi mencionado na delação de Ronnie Lessa, o executor confesso do crime, Quaquá havia expressado sua descrença no envolvimento do conselheiro do TCE.
Além de Brazão, a PF prendeu também seu irmão, Chiquinho, deputado federal pelo União-RJ, e o ex-chefe da Polícia Civil fluminense, Rivaldo Barbosa. As evidências contra os três surgiram a partir da delação premiada de Ronnie Lessa.
Apesar da abordagem cautelosa em relação à família Brazão, o deputado federal é firme ao comentar o suposto envolvimento de Rivaldo Barbosa. Ele interpreta o suposto envolvimento do delegado como um sinal de que as instituições no Rio estão profundamente infiltradas pelo crime organizado, o que abre espaço para a atuação da PF na desarticulação dessa conexão entre o crime e o Estado.
"Se investigarmos a fundo este delegado, que foi nomeado por Braga Netto, depois ministro de Bolsonaro... Acredito que há figuras de maior influência envolvidas na morte de Marielle. Vamos aguardar o desenvolvimento desse caso", afirmou o parlamentar.
Apesar de normalmente ser crítico às decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, Quaquá reconhece a postura "absolutamente democrática" do magistrado neste caso.
via Portal Spy