Essa foi a maior alta percentual diária desde o salto de 4,86% registrado em 16 de março de 2020, quando o mercado sentia o pânico no início da pandemia de Covid-19.
Foto: Reprodução internet |
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um pronunciamento nesta quinta-feira (10) indicando que seu governo aumentará gastos públicos. O mercado reagiu imediatamente. O dólar explodiu, os juros futuros dispararam e o Ibovespa (principal indicador da Bolsa de Valores) derreteu.
O Ibovespa fechou o dia com uma queda de mais de 3,7%, na casa dos 109.350 pontos, patamar que não atingia desde 30 de setembro, antes do primeiro turno das eleições presidenciais.
Já dólar subiu 4,08% e passou a ser cotado a R$ 5,40 no mercado à vista.
Entre as empresas estatais negociadas na bolsa brasileira, as ações da Petrobras recuaram 1,4% (PETR3) e 3,5% (PETR4). A do Banco do Brasil (BBAS3), que abriu a sessão em alta, perdeu 2,24%.
O mercado reagiu mal, porque o petista fez críticas à "estabilidade fiscal" e deixou claro que sua equipe vai incentivar gastos sociais, marcando uma forte diferença em relação aos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.
“Muitas coisas que são consideradas como gastos neste país, precisam passar a ser encaradas como investimento. Não é possível que se tenha cortado dinheiro da farmácia popular em nome de que é preciso cumprir a meta fiscal, cumprir a regra de ouro”, apontou o futuro presidente.
O presidente eleito lembrou que, durante seus dois mandatos, entre 2003 e 2010, o Brasil respeitou as metas fiscais, os índices de inflação e deixou o País com superávit, em vez de dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI)... Leia matéria completa saiba mais sobre o porque do discurso de Lula ter assustado o mercado: clique aqui.
Fonte: Monitor do Mercado / Com informações: G1